SENHOR, ENSINA-NOS A ORAR (8) – “PERDOA-NOS AS NOSSAS DÍVIDAS”.
Por Hebert Junker
Estamos compartilhando estes dias sobre a oracao que Jesus ensinou. E hoje quero falar sobre a frase: “e perdoa-nos as nossas dívidas”.
Neste pedido, há um elemento de grande importancia. É que estamos pedindo algo que implica tremenda responsabilidade: pedimos que Deus nos perdoe, como nós também perdoamos aos nosso devedores. Isto quer dizer que pedimos a Deus que proceda conosco como nós temos procedido com nossos semelhantes. Deu para entender o quão sério é este pedido?
Sabe queridos, o que seria de nós se Deus cumprisse literalmente esse pedido. Digo isto, porque se não fosse a misericórdia de Deus, nós ja estariamos mortos. O Salmista disse: “O Senhor é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno... não nos trata segundo os nosso pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidades... Como um pai de compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem. Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó”. Salmos 103.8-14
Pedro, certo dia perguntou a Jesus sobre haver um limite para se perdoar um devedor, ele disse: “Senhor quantas vezes perdoarei ao irmão que pecar contra mim? Até sete?”. Pedro talvez estivesse achando que já estava sendo muito generoso, dizendo sete vezes. Porém o Senhor lhe disse: “Não te digo até sete, mas até setenta vezes sete”. Mateus 18.21-22
Uma das coisas tereríveis na vida é a dívida pois ela pode provocar em nós insonias. Ela muitas vezes tira de nós a tranquilidade, a alegria de viver, a paz; ela tira de nós a capacidade de pensar racionalmente e nos leva a agir de forma insentata, até ter atos terríveis como roubar, etc. Normalmente quando uma pessoa está endividada, ela procura evitar a outra pessoa que está devendo. Ela se sente humilhada por não ter condições financeiras para pagar e quitar sua dívida.
Jesus nos exorta para algo que vai além do pedido na oração. Ele nos exorta para um posicionamento de arrependimento perante a dívida que se chama pecado. Não perdoar uma pessoa é portanto pecado. Não liberar perdão ao outro também é pecado. Como diz a Palavra de Deus no livro de Atos: Afinal, é isto que consta no livro de Atos: “Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados, para que venham tempos de descanso da parte do Senhor…” Atos 3:19-20
O Senhor Jesus nos deixou um grande ensinamento, respeitar os semelhantes, ainda que sejam nossos inimigos, ainda que se portem como opositores, criticos, fofoqueiros, mentirosos, invejosos e caluniadores. O ser humano é criação de Deus. O ódio não se vence com o ódio. A violencia não se abate com a violencia. As guerras só produzem desgracas, miserias e males irreparáveis. Agora o amor de Deus, plantado no coração do ser humano, gera tolerancia, respeito, e uma vida melhor, uma vida abundante.
Portanto, precisamos estar atentos as nossas orações, pois quando orarmos pedindo a Deus que perdoe nossos ofensas, como nós perdoamos aos nossos devedores, poderemos estar pedindo nossa própria condenação. Por isso precisamos sondar, vigiar a motivação do nosso coração quando oramos; precisamos limpar nosso coração vivendo perdoando as pessoas pelo que fazem a nós, bem como devemos pedir perdão àqueles que nos ofendem, machucam com palavras, pois também não podemos guardar mágoas ou ressentimentos de ninguém. Jesus foi claro no ensinamento de sua oração: “Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas.”. Mateus 6.14-15
Que nosso oração seja sempre cheia do amor de Deus e do perdão de Deus!
Amanhã falaremos mais um pouco desta maravilhosa oração de Jesus.
Jesus te abencoe!